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quinta-feira, janeiro 18, 2007

Tempo

Tempo

Até quando falaremos o que nos vier à boca,
Apenas para saciar o próprio ego,
Para ferir,
Magoar
E contaminar
A mente e o ar,
O ser e o estar
E a inocência roubar?
Até quando serei mais importante
Que o andarilho errante,
A nuvem flutuante
E farei do meu semblante
Um modelo de ouro,
De valores invertidos
E sentidos degradantes?
Até quando viverei para mim,
Enquanto necessitados
Sentem-se acuados
Em seu subsistir,
Sem ter como agir
E suas vidas a sumir
Entre os dedos calejados
E os olhos marejados,
Sem saber o porquê
Do existir?
Até quando questionarei o mundo
E permanecerei estático,
Dizendo o que não faço,
Sabendo do modo relapso
Que trato tantos fatos
E negando o verdadeiro sentido,
A razão pela qual estou aqui?
Não sei.
Mas espero que seja até quando
Ainda for possível reverter o quadro,
Mudar o retrato,
Juntar o quebrado
E fazer valer o saber,
Aliando-o ao ser,
Tornando-os em fazer
E mostrando que agir
Realiza muito mais
Do que perguntar:
- Até quando?


Nota: Esse texto eu escrevi faz algum tempo... essa é tb uma das razóes desse blog, certo? Colocar coisas de que eu goste e tb coisas que criei.

Um comentário:

  1. Oi... q bom q vc resolveu escrever outra vez... fico mto feliz em poder ler suas coisas aqui...

    bjão

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