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terça-feira, setembro 30, 2008

Frase do dia

“Qualquer igreja que não está seriamente envolvida no cumprimento da Grande Comissão renunciou seu direito bíblico de existir.”

(Oswald J. Smith)‏

sexta-feira, setembro 26, 2008

Pensamento do Dia...

"Acho a televisão muito educativa. Toda as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro."
Groucho Marx

*Amei isso! Roubei da Paula Potter.

quarta-feira, setembro 24, 2008

Sem Palavras

Quisera eu saber falar

Acerca do que sinto.

Ledo engano pensar que tal sentimento

Pudesse ser traduzido em palavras.


Por mais que me esforce,

Tente e queira,

Parece impossível!


Letras e sentimentos fundem-se

E confundem-se

Transformando tudo

Num emaranhado indecifrável.


Minhas idéias escapam entre os dedos

Enquanto tento organizá-las

Em expressão.


Para que falar

Se poderia demonstrar?

Eis a grande questão.

Meu medo ainda é maior.


Queria correr até você

Abraçá-la e beijá-la

Mas o receio impede-me.


Daria tudo por um minuto ao seu lado.

Trocaria o melhor de mim

Se ao menos uma vez

Pudesse tocá-la.


Durmo pensando em você,

Sonho com você

E nem nos sonhos conseguimos ser felizes.


As luzes me atrapalham.

Brilham

E misturam as imagens

Para que eu a perca.


Dura coisa tem sido esta:

Ficar observando-a em sonhos

E contemplando-a apenas.


Tenho sede da tua presença,

Sede dos teus beijos,

Sede do teu corpo,

Uma ânsia quase possessiva.


Temo nosso encontro.

Tanto a amo que não saberei agir.

Como será quando a abraçar?


Como será o primeiro contato?

Permaneceremos nos olhando

Ou aproveitaremos cada instante

Para saciar nossos corpos?


Não sei.

E esse não saber me angustia

Pois temo não ter reação.


Quando você vier será outono.

Folhas secas,

Uma doce brisa,

Tardes amareladas e noites frias.


Não importa qual seja o clima quando a encontrar.

Em qualquer estação terá abrigo em mim,

Nossas noites serão cálidas mesmo no inverno.


Nossos dias serão alegres e floridos.

O universo celebrará conosco,

Os ventos levarão e proclamarão nosso amor

E os pássaros terão novo tema para seu canto.


Por enquanto, tudo é sonho

Tudo é fantasia

E ainda estou só.


Por faltar talento e engenho,

Valho-me da natureza.

Sinta o doce vento e ali estarei,

E na solidão do entardecer sempre me encontrará.


Velando por nós,

Esperando pacientemente,

Emudecido de amor

Por não saber falar acerca do que sinto.


*coisas que nunca ninguém leu...


quarta-feira, setembro 17, 2008

Seis anos

Dia 31 de agosto fez 6 anos que pisei na Paraíba pela primeira vez.
Cheguei em João Pessoa 12:20 horas. Desci do avião sentindo um calor enorme por causa do ar quente que não combinava com os tênis jeans de cano médio, nem com a blusa de malha que estava usando.
Liguei para minha avó. Tínhamos nos estranhado antes de minha viagem, porque ela não queria que eu viesse de jeito nenhum e ela chegou a me falar que eu deveria ligar só quando estivesse aqui, quando pisasse na Paraíba porque enquanto isso não acontecesse, ela não acreditaria.
Ela me pareceu emocionada. Acabou "concedendo sua bênção", meio que forçada; não tinha mais o que fazer.
Lembro de ter olhado ao meu redor, lembro do meu coração ter disparado.
Quanta coisa mudou! Precisaria de mais que um post para documentar uma vida de seis anos.
No fim das contas, hoje acho que foi a coisa mais acertada da minha vida ter vindo para cá, ainda que a família tenha resistido um bocado.
Acho também que trocar certos sonhos por este sonho aqui, custou e custa muito, às vezes tem um peso enorme, mas também confere uma satisfação que nenhuma outra coisa que eu fizesse poderia me trazer.
O resto sempre dá tempo para fazer depois e se não der, tudo bem.
Acredito que esses anos serviram para eu crescer como ser humano, como cristã, como mulher.
Vim com 20 anos, cabelos curtíssimos, recém pintados de castanho escuro para disfarçar o dourado que usava naquele mês; trouxe na bagagem tudo que achava que seria suficiente para seis meses (absorvente, shampoo, creme para o corpo), tinha um namoro meio indefinido e do qual ninguém sabia...
Agora estou com 26 anos. Cabelos naturais e compridos. A bagagem provisória deu lugar a uma casa, gata e cachorra. O namoro indefinido deu lugar ao casamento.
Não mudou o mesmo coração disparado quando chego no aeroporto de João Pessoa, seja voltando da Europa ou de São Paulo.
Não mudou achar a entrada da cidade linda toda vez que passo por ela e pensar "ainda bem que não era Mamanguape".
Não mudou a correria, talvez tenha até aumentado.
E não mudou a satisfação cada vez que deito, mesmo morta de cansaço, sabendo que mais um dia, fiz o que gosto de fazer, o que sei que fui chamada a fazer.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Considerações Pessoais 1

Mesmo sabendo muitas coisas a respeito de muitas coisas (...), às vezes é preciso calar.
As pessoas se chateiam quando percebem que alguém sabe o que elas sabem ou um pouco mais do que elas sabem. Em geral, as pessoas gostam de confirmar que você não sabe e se alegram na arte de ensinar até o óbvio.
Ser "falso", pode soar como virtude.
As pessoas não se alegram pelo que os outros são, mas pelo que elas mesmas são.
Pessoas sentem-se bem quando são exaltadas em suas características, sejam realmente surpreendentes ou não.

terça-feira, setembro 09, 2008

Considerações Pessoais

A partir de hoje, sempre que estiver sem tempo, publicarei alguma de minhas considerações sobre as coisas de maneira geral. Estou com muita vontade de postar algo que escrevi, mas igualmente sem tempo. Quase não vi que tinha comentário para moderar!

Começarei com coisas simples, mas que me incomodam e/ou são importantes para mim.

A saber:


É preciso evitar reclamar demais a respeito de todas as coisas que acontecem e são diferentes do meu jeito e gosto.
Reclamar quando uma coisa é realmente ruim não é problema, mas viver discutindo com os outros sobre verdades relativas, é perda de tempo e neurônios.

quinta-feira, setembro 04, 2008

Considerações Mineiras

"Quem muito fala, dá bom-dia a cavalo."

Minha primeira máquina de costura

Tem coisas que não mudam nunca.
O tempo passa, a gente pensa que está mutanto (não digitei errado, quis escrever com T mesmo) e de repente, aos 26 anos descobre que tem dentro de si a mesma pessoinha que tinha aos 6, 7 e 8 anos.
Faz quase 20 anos uma senhora da igreja, esposa de um de nossos presbíteros, me ensinou a costurar. A coitada ficou responsável para cuidar de mim e meus irmãos uns dias, não sei bem a situação, mas ela, costureira, ocupadíssima e sem saber o que fazer com os pirralhos - a saber, éramos três - tinha que continuar trabalhando e ainda virar mãe de três sem ter um sequer (ela e o marido não puderam ter filhos, embora o desejassem muito).
E fez o que sabia fazer bem: costurou. Lembro dela me levando entre as máquinas de sua sala, e lembro de ter cortado tecido para eu ver, de ter me mostrado como se fazia cada passo de sua atividade.
Me enfeitiçou na hora!
Fiquie vidrada por aquela coisa de máquina, tesoura, que já era mesmo uma paixão desde antes dessa idade e ainda é, e tecidos.
O interessante foi que fiquei encantada com os retalhos. Via nos retalhos dela a grande chance de eu ter roupas feitas por mim pra minhas bonecas.
Antes de eu ir embora, ela fez para mim, no mesmo papel que usava para os seus, moldes para minha Barbie aeromoça. Fez molde de saia, vestido, calça, bata... e como é uma pessoa com muito tutano na mente, me deu uma sacola de retalhos.
Carreguei aquilo comigo para aca sa da minha avó como se fosse o bem mais precioso da minha vida!
Minha avó perdeu naquele dia um carretel e uma agulha, que foram cedidas para eu começar meu ofício de costureira oficial da Barbie.
Quando o fim de semana acabou e meu pai me levou de volta para a casa da minha mãe, ela ficou meio revoltada por ver tanta tralha na minha mala, mas acabou prmitindo que ficasse comigo.
Peguei tanto gosto pela coisa que passei a fazer peças até para mim e aprendi a fazer consertos simples à mão - por anos fui a "fazedora" de barras da família da minha mãe.
Aos 10 anos ganhei minha primeira máquina de cotura. Como era linad!
E funcionava mesmo! Com umas pilhas ou com a manivela. E não tinha bobina, então a costura tinha que ser muito bem feita para ficar presa de verdade.
Aprendi a mexer no trem e esse foi um dos meus presentes favoritos anos a fio.
Um dia, já mais elha, perto dos 15 anos, minhna mãe pediu para eu dar à ujma de minhas primas. Acabei cedendo e me arrependo amargamente por isso até hoje.
Ontem fui à cidade vizinha e comprei uma máquina de costura. Não é com flores desenhadas, nem movida à pilhas. Evoluiu um tanto, ficou mais complicada de usar (tem que encher as bobinas =[ ) mas dentro de mim, quando sentei para testar os vários pontos e ver se eu ainda sabia alguma coisa, estava a mesma menina de quase 20 anos atrás. Não tinha uma Barbie ao lado, nem a Lúcia para dar as dicas, mas tinha o mesmo desejo, a mesma alegria, o mesmo desafio.
Assim que coloquei a linha, consertei dois shorts que estavam encostados esperando eu lembrar de mandar para a costureira, com a mesma atenção que dispensei para fazer a primeira saia de minha boneca.
Acho que todo mundo muda o tempo inteiro e ao mesmo tempo a essência permanece intacta.
Acho que a gente cresce e amadurece par poder enxergar que o sentido das coisas está naquilo que fazíamos naturalmente antes de aprender a ser quem queríamos ser.
E acho que quanto mais se anda para frente, mais se enxerga o que ficou para trás. Como uma pintura de pontilhismo. De perto não tem sentido algum, parece apenas tinta que espirrou na tela, mas de longe pode ser a mais bela das pinturas, um Monet...
Antes eu via apenas uns pontos, agora começo a ver que eles formam figuras, gentes, cores e lugares. Espero poder ter a sensibilidade de um dia, no futuro, enxergar a grande tela da minha vida, pelos olhos da experiência, sem nunca perder a alegria infantil e ingênua do passado.