Pela primeira vez não fiquei animada com decoração, músicas, hinos, brilhos, comidas.
Parece que de verdade não sobrou nada assim externo que me animasse com a data.
Natal é o nascimento de Cristo. Vamos combinar que não foi nessa data, provavelmente. Além disso, a data virou super comercial o que roubou muito de sua graça.
Esse ano em especial acho que muita coisa não tinha graça por tudo o que passei, pela morte do meu tio e primos e depois a doença do meu marido.
Para facilitar vem essa biópsia. Ninguém gosta de ouvir o nome desse exame. Parece que é um exame fadado a resultados ruins.
Bom, fazendo um balanço, um apanhado desse ano, chego à conclusão de que realmente não restou nada nesse natal que não fosse simplesmente o fato de lembrar do nascimento do meu Salvador.
Escrevendo assim até parece que é o de menos, mas na verdade é o importante. Acho que acabei ficando feliz por ser salva e só. Não havia nada que me roubasse a atenção esse ano, nada que me preocupasse em organização, nada que me cansasse e me tirasse o poder de raciocinar sobre o que tem valor em si mesmo, sem nada para ornamentar.
A dor é um santo remédio. A dor humaniza, amadurece, revela o que está escondido. Ela também é um termômetro de fé, pessoal e dos relacionamentos. A dor traz a noção exata do que somos, de nossas expectativas, sonhos e também das dúvidas e medos.
A dor esse ano me deu uma nova perspectiva. Primeiro roubando toda esperança e depois revelando o verdadeiro sentido da existência. Foi como voltar ao primeiro amor.
É isso. Minha dor me trouxe de volta ao primeiro amor, quando eu não nem sabia que estava me distanciando dele.
Quando estava voltando do enterro do tio Ailton e dos meninos, sozinha no avião, liguei o palm para ouvir algum mp3 e, como uma vitrola quebrada, deixei repetir a mesma frase por 5 horas de vôo: para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.
Que promessa maior que a da salvação? Só a da vida eterna!
Natal para mim esse ano é mais que nunca a certeza de que a encarnação do meu Deus trouxe a esperança da liberdade, da comunhão recuperada, da vida completa, da vida com sentido.
Natal para mim em 2008 foi a certeza de que o Salvador chegou. E isso é tudo o que eu poderia querer.
Olá, vim retribuir a visita. Ja coloquei a resposta do master sucos no seu comentário.
ResponderExcluirBjs